A política é inescapável. Por isso, se, por um lado, entregar sua alma a ela nunca dá em boa coisa, por outro, odiá-la é perder energia em vão. Ela é ferramenta. Pode tanto servir à dominação de um ser humano por outro quanto impedir essa mesma dominação. Sem ela, há a dominação do mais fraco pelo mais forte, dominação essa que ela pode potencializar, mas que só ela pode impedir. Nesse sentido, a política será tão virtuosa quanto mais seja movida pelo intuito de buscar a igualdade de poder entre os indivíduos, de modo que um não possa dominar o outro.
sábado, 12 de dezembro de 2020
quarta-feira, 16 de setembro de 2020
DIFERENÇA ENTRE IDEOLOGIA E PROSELITISMO IDEOLÓGICO
O grande equívoco no debate sobre ideologia no ensino é confundir ideologia com proselitismo ideológico. Este último, sim, é sempre a tentativa de colonização do outro e, por isso, indesejável. O antídoto para a colonização do outro é a liberdade do professor e do aluno. E, no, entanto, aquele que defender a educação libertária, certamente será taxado de "ideológico". De fato é: o respeito à liberdade do aluno é ideologia, como também é ideológica qualquer tentativa de determinar o que deve e o que não deve ser ensinado nas escolas. O movimento "escola sem partido", ao propor uma inaceitável intervenção do estado no trabalho do professor, filia-se escancaradamente a uma ideologia ultraconservadora, mesmo vendendo-se como combate à “ideologia”. Não é o caráter ideológico de um discurso que é bom ou ruim, mas o conteúdo desse discurso e dessa ideologia.
A ideologia, como a política, não é exclusividade da
burocracia partidária. Religião é ideologia. Os direitos humanos e qualquer
direito ou lei é ideologia. A pátria é uma ideologia. O jornalismo, mesmo o
mais honesto, é necessariamente ideológico, a começar pela escolha do que deve
ser noticiado ou não. E até uma escola que ensine apenas matemática terá sua
ideologia, ao escolher alienar o estudante das questões sociais, com todas as
consequências que essa lacuna trará para a sociedade.
terça-feira, 15 de setembro de 2020
UM SALMO
Saber que lá é melhor
E que lá começa aqui
Perder o medo da morte
Sem criar medo da vida
Saber que em Suas forças
Por tudo posso passar
Perder o medo da morte
Sem jamais negar a vida
Viver o tempo presente
Construindo o que se dá
Vencer o medo e a morte
Coragem! Viver a vida
Saber que um dia ela vem
Sem motivo pra apressar
Sem ter medo da chegada
Apreciar o caminho
Um dia de cada vez
Rumo ao sábio coração
Perder o medo da morte
Sem deixar de amar a vida
quarta-feira, 22 de julho de 2020
APARENTE CONTRADIÇÃO NA BUSCA DO EQUILÍBRIO
segunda-feira, 20 de julho de 2020
AMIGO
quinta-feira, 14 de maio de 2020
FALSÁRIOS QUE MATAM
terça-feira, 5 de maio de 2020
INDIVIDUAL E COLETIVO: REPENSANDO SMITH
segunda-feira, 20 de abril de 2020
A GRANDE OPORTUNIDADE
sexta-feira, 27 de março de 2020
O PERDÃO PLENO
quinta-feira, 26 de março de 2020
O PATRIOTISMO QUE CONTA
O que é o patriotismo? Palavra gasta, como tantas outras nobres. Mas que agora, finalmente, retoma seu significado verdadeiro. Porque patriotismo nada tem a ver com cores. Não é uma bandeira, uma pintura, um grito, um símbolo, uma obsessão. Não é, muito menos, odiar o estrangeiro. Patriotismo é amar o seu vizinho.
Patriota será o economista que propuser saídas criativas para que se contenha a recessão e evite a fome, sem negligenciar as vidas de idosos e doentes. Patriotas serão as instituições financeiras que ampliarem o crédito aos mais fragilizados, sem segundas intenções usurárias. Patriota serão os representantes da elite que não se opuserem à taxação de suas riquezas, para que não falte ao governo, para que não falte ao mais pobre.